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Grupo de trabalho quer melhor oferta alimentar no Ensino Superior

Grupo de trabalho quer melhor oferta alimentar no Ensino Superior
22 de Abril de 2019

Os estudantes universitários “podem ser um grupo de risco para maus hábitos alimentaresdesadequados e aumento de peso”, conclui o primeiro relatório semestral  da Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS), publicado este mês.


O grupo de trabalho encarregue de avaliar a EIPAS desenvolveu dois relatórios, que reúnem um conjunto de propostas tendo em vista a promoção da alimentação saudável. A melhoria da oferta alimentar no Ensino Superior é um dos objetivos.


“Este período coincide com um período em que os jovens adultos adquirem maior liberdade e independência, começando a serem responsáveis pela escolha, compra e confeção dos alimentos. Deste modo, a promoção de hábitos alimentares adequados nestes grupos da população é de extrema importância”, referem nos documentos, acrescentando que “as instituições do ensino superior ter um papel ativo nesta área.”


A “elaboração de um guia” com “indicações claras” que contribuam para “aproximar produtor e consumidor” nas compras efetuadas pelos serviços alimentares, é uma das medidas apresentadas.


Para Alexandra Bento, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, a intervenção junto da população estudantil também pode passar, por exemplo, pela mudança de produtos existentes quer nas máquinas de venda automática, quer nos bares e cantinas: “para que [os estudantes] possam ter facilidade de acesso a oferta alimentar que seja saudável, e terem dias com melhor rendimento pessoal e melhor saúde presente e futura”, realça.


Alexandra Bento aponta para a necessidade de “haver regras precisas dentro das cantinas universitárias” e de “haver nutricionistas dentro dos Serviços de Ação Social da Universidade do Porto, que assegurem que a oferta alimentar é apelativa, saborosa e saudável”.


A titulo de exemplo, refere ainda que a Universidade do Porto “é pioneira na formação de nutricionistas em Portugal”, sugerindo que a instituição aproveite esse valor enquanto “promotora da cultura alimentar saudável“, para alcançar uma oferta alimentar “saudável, sustentável, apelativa e saborosa”.


Pela sua parte, a Federação Académica do Porto (FAP), que em 2016 apresentou um estudo sobre o grau de satisfação dos alunos com a oferta alimentar das cantinas da academia, ressalva que tem aconselhado os Serviços de Acção Social da Universidade do Porto a procurarem “uma maior diversidade dos produtos que têm para oferta”. João Pedro Videira, presidente da estrutura, acrescenta ainda que a federação tem vindo “a desenvolver algumas ações, para melhorias da qualidade alimentar e nutricional dos estudantes”.


Sara Ferreira, estudante da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) e vogal da Associação de Estudantes FLUP, considera, ao JPN, que houve alguma evolução nos critérios alimentares da cantina da universidade: “Noto que há mais variedade das ementas, até nos pratos vegetarianos”. No entanto, a estudante considera que a qualidade com que os alimentos são confecionados fica aquém do esperado.


A EIPAS, publicada em “Diário da República” em dezembro de 2017, junta os ministérios da Saúde, Educação, Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Economia, Administração Interna, Mar e Finanças.



Por Marta Santos. Artigo editado por Filipa Silva

Fonte: JPN, online, 18 de abril de 2019