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'A prática profissional é reconhecida, mas o número de nutricionistas no SNS não tem aumentado'

'A prática profissional é reconhecida, mas o número de nutricionistas no SNS não tem aumentado'
01 de Abril de 2019

Concluídas as deslocações pelo país e feito o balanço do seu “Ciclo de Visitas da Bastonária”, a Ordem dos Nutricionistas elenca dificuldades e sublinha bons exemplos. Uma das necessidades mais urgentes? A criação de uma “carreira própria para os nutricionistas que trabalham no Serviço Nacional de Saúde”, insiste Alexandra Bento.



A necessidade de ser criada uma carreira própria para os nutricionistas que trabalham no Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi uma das preocupações mais ouvidas pela bastonária da Ordem dos Nutricionistas durante o ciclo de visitas que realizou pelo país durante o ano passado, repto que Alexandra Bento lançou recentemente ao Governo, defendendo a justiça da medida.


Fê-lo durante a abertura do Congresso realizado há dias pela Ordem, lembrando a bastonária que os profissionais que trabalham no SNS têm carreiras distintas, mas fazem todos o mesmo trabalho.


“Só metade dos nutricionistas no SNS é que exercem a profissão na carreira respetiva, como técnicos superiores de saúde, a outra metade está abrangida por regimes diferentes, o que causa natural tensão”, disse ao Expresso Alexandra Bento.


Sobre as outras conclusões apuradas após a conclusão do “Ciclo de Visitas da Bastonária”, iniciativa que arrancou há cerca de um ano e decorreu até novembro de 2018, a bastonária diz que o balanço está feito e inspirou diferentes propostas: “Vimos coisas interessantíssimas”.


As visitas abrangeram todas as zonas do país, incluindo as regiões autónomas dos Açores e da Madeira, num total de 62 instituições, “com um enfoque muito particular naquelas do SNS”, segundo Alexandra Bento, que passou por 43.



ORDEM ALERTA PARA A FALTA DE NUTRICIONISTAS NO PAÍS

Um dos objetivos - obter um conhecimento aprofundado da realidade profissional dos nutricionistas - permitiu, de acordo com a bastonária, confirmar a falta de nutricionistas, com a região de Lisboa e Vale do Tejo a registar o pior rácio do país. “Ainda que tenha sido possível verificar que a prática profissional é reconhecida em todo o país, com os médicos a atestarem a mais valia que representa a presença dos nutricionistas, o número destes profissionais não tem aumentado” no SNS, refere Alexandra Bento.


Esta e outras conclusões, como “a falta de equipamentos adequados em muitos dos serviços”, constarão no relatório que a Ordem fará agora chegar à Administração Regional de Saúde e ao ministério da tutela, adianta.


Pela positiva, Alexandra Bento destacou ao Expresso algumas práticas encontradas, cujo exemplo pode vir a ser alargado a outras instituições, “como a existência de ementas específicas para o serviço de pediatria, adequadas às necessidades desta faixa etária; um outro caso muito interessante de uma instituição que inclui nas refeições servidas a gastronomia típica da região, com sopas tradicionais; e a experiência de dois hospitais no domínio da redução do desperdício alimentar, dando ao doente a possibilidade de escolherem o seu menu”.


Depois deste ciclo de visitas, Alexandra Bento adianta que a Ordem quer avançar para outras áreas, nomeadamente “Instituições Particulares de Solidariedade Social, hospitalização privada, indústria alimentar e instituições de ensino superior que dão acesso à profissão”. 



Fonte: Expresso, online, 01 de abril de 2019