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Ordem espera há um ano que Governo contrate nutricionistas para escolas

Ordem espera há um ano que Governo contrate nutricionistas para escolas
07 de Fevereiro de 2019

Proposta seguiu há um ano para o Ministério da Educação. Bastonária dos nutricionistas lembra que embora existam normas, nem sempre são cumpridas. Alexandra Bento afirma que é fundamental que existam especialistas no terreno para melhorar oferta e comportamentos que promovam uma alimentação saudável.


Há um ano a Ordem dos Nutricionistas entregou ao Ministério da Educação uma proposta para a contratação de 30 nutricionistas para trabalharem com a Direcção-geral da Educação e as escolas na elaboração das ementas, na fiscalização e na formação de alunos, professores e auxiliares de acção escolar. A bastonária dos nutricionistas diz que não receberam “nenhuma resposta formal”.


O  Ministério da Educação garante que tem especialistas a trabalhar nas orientações e na monitorização das refeições e que tem a intenção de contratar nutricionistas.


A proposta passava por duas linhas de acção: cinco nutricionistas trabalhariam com a Direcção-Geral da Educação como coordenadores regionais na definição de normas de oferta alimentar nas escolas e outros 25 fariam parte das equipas regionais de fiscalização e articulariam directamente com as escolas e autarquias. “Estes nutricionistas teriam a seu cargo aumentar os conhecimentos de toda a comunidade escolar no que diz respeito à alimentação saudável e trabalhar na melhoria do ambiente alimentar da escola, para que fosse saudável na oferta, no aspecto dos alimentos, respondendo aos referenciais produzidos para bares e refeitórios”, explica a bastonária dos nutricionistas.


Embora existam normas, que Alexandra Bento considera “boas, ainda que possam ser melhoradas”, nem sempre são cumpridas. “Veio a público, através do Portal de Compras Públicas, que alguns dos alimentos que são da lista dos alimentos a não disponibilizar estão a ser adquiridos, como as gomas e outras doçarias. Claramente haverá um grande número de escolas que não cumprem as recomendações.” Também nos refeitórios existem falhas. “Vários estudos que temos de várias zonas geográficas, o que ressalta na maior parte deles é uma quantidade excessiva de sal. Depois, há desadequação em relação à quantidade de energia necessária. Uns estudos revelam que a quantidade de energia é desadequada pela fonte proteica, outro pelos hidratos de carbono”, salienta a bastonária, que aponta ainda uma outra vertente que defende não poder ser descurada.


“Ainda que as regras possam estar a ser cumpridas em algumas escolas, o comportamento das crianças face ao que é disponibilizado também não é o desejável. Muitas não levam sopa, o acompanhamento dos hortícolas e, muitas vezes, não levam fruta. Para alterarmos esta questão precisamos de trabalhar os conhecimentos, os comportamentos e as atitudes das crianças. Por isso é que a nossa proposta tem dois vectores: o individual e o ambiental”, salienta Alexandra Bento, que rejeita a ideia de que na escola pública existem nutricionistas. “Em concreto há um nutricionista na Direcção-Geral da Educação, que está a coordenar a produção de normativos, e uma nutricionista na Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares da Direcção Regional Centro. Não há mais.”




Fonte: Público, online, 07 de fevereiro de 2019